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21/08/2012

Os Douro Boys no Brasil !!

Olá, pessoal! Bem-vindos à TV Sommelier.

Estamos aqui, no Consulado de Portugal, no Rio de Janeiro. E eu vou apresentar pra vocês os Douro Boys. Vamos conhecer a proposta desses cinco rapazes ? Esses cinco jovens produtores foram recebidos pelo cônsul de Portugal e promoveram uma linda festa.

Tomás Roquette, Quinta do Crasto: ” Este projeto dos Douro Boys reúne três condições que são comuns e que são importantes. Em primeiro lugar uma amizade entre todos os cinco Douro Boys que já vem de muito antes  de algum de nós estarmos envolvidos no setor do vinho. Antes disso, já éramos  grandes amigos. Isso é muito importante pra que hoje o projeto seja bem sustentado e bem alicerçado. Em segundo lugar, todos temos mais ou menos a mesma dimensão, não há ninguém do Douro Boys que seja demasiado grande ou demasiado pequeno, isso também cria um certo equilíbrio. E em terceiro lugar, eu diria que todos produzimos vinhos de grande qualidade. Nós hoje exportamos para todo o mundo, para todos os quatro cantos do mundo. No caso, a Quinta do Crasto, o Brasil é nosso primeiro maior mercado de exportação, tem sido um trabalho de mais de 10 anos,  que finalmente acho que hoje somos uma marca reconhecida no mercado brasileiro. Vendemos para o Brasil  inteiro desde do Amazonas ao Sul. Então é isso, é uma história de sucesso, mas uma história de amizade acima de tudo.”

O Douro boys é um movimento de renovação do vinho do Douro. É a nova geração de donos de quintas. Cinco jovens, de cinco quintas diferentes, de famílias tradicionais do Douro.

São elas a Quinta do Crasto, Quinta do Valado, Niepoort, Quinta do Vale Dona Maria e Quinta Vale do Meão.

Célio Alzer, ABS/RJ”  Até o aparecimento desse grupo, inclusive alguma dessas casas, o que se fazia de importante no Douro, realmente, era o vinho do Porto. Então a grande contribuição deles é fazer vinhos maduros, de alta qualidade. Eles continuam fazendo, acho eu que quase todos, ou todos até, continuam fazendo vinho do porto, porque esse é o emblema da região, mas os vinhos maduros que nunca houve nada igual ao que eles estão fazendo hoje.”

Eles se uniram para produzir vinhos com uma filosofia diferente, modernizar o conceito dos vinhos da região. E apostaram mais no vinho de mesa.

Homero Sodré, especialista: ” Tiveram muito sucesso. Hoje eles produzem vinhos de grande sucesso mundial, um movimento que renovou totalmente o vinho do Douro e colocou novamente o Douro no contexto do vinho português, recolocou o Douro no contexto do vinho português. E vinho de mesa tradicional, do Douro, só tinha um basicamente que era o Barca Velha, né? Então, hoje em dia, você tem os vinhos do Douro Boys, o Vinha da Ponte, o Maria Tereza, o Batuta, o Quinta do Vale do Meão… então são vinhos modernos e que realmente conseguiram fazer frente ao Alentejo, que é a grande nova força de Portugal, que também veio como uma avalanche. Então essa foi a reação do Douro ao sucesso do Alentejo e eles foram muito felizes!”

Joana Van Zeller, Quinta Dona Maria: “Ora, os nossos vinhos são produzidos, temos uma gama de vinhos mais extensa do que isso, mas digamos que o núcleo central de produção é na Quinta Vale D. Maria, onde produzimos além do vinho da Quinta Vale D. Maria, o CV que é um vinho também de uns vinhedos próximos, mas que pela sua qualidade e pela suas características diferentes,  meu marido e a equipe de enologia da Quinta Santa Maria, que é liderada pela  Sandra Tavares da Silva, decidiram engarrafar em separado. “

Francisco Olazábal,  Quinta Vale do Meão: ” Vale Meão é um vinho que vem de uma quinta do Douro Superior, muito próximo da Espanha. A quinta tem 140 anos, só que nós vendíamos a uva e não produzíamos o vinho. A partir de 1999 decidimos começar a produzir vinho, esse aí, o Vale do Meão. Tem o javali, a árvore e os três corações são nosso símbolo. Os três corações são meu irmão, minha irmã e eu. A árvore é minha mãe e o javali é meu pai. “

O reconhecimento da qualidade dos vinhos do Douro se deve ao desempenho desse grupo que acreditou e conseguiu, num curto espaço de tempo, tornar os vinhos da região num dos melhores de Portugal.

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